sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Chicletes de morango - Parte I (embora eu nem tenha ideia da continuação...)


Escolheu a cor mais bonita que encontrou na prateleira, juntou as poucas moedas que haviam em seu bolso e foi ao caixa pagar seu pacote de balas. Embora o pai, um dentista esnobe, a alertasse que doces estragavam os dentes, ela ignorava e pensava consigo “é exagero, os dentes do meu tio são podres por causa do cigarro”. Mas ela não sabia que o tio era completamente viciado em chicletes, especificamente, de morango.
Desde pequeno, seu tio gastava toda a mesada em chicletes, e isso não havia mudado muito. Tinha 41 anos, desempregado, morava com a mãe e ainda ganhava presente de dia das crianças. A menina ficava indignada, pois tinha 12 anos e mãe dizia que ela era muito velha para ganhar presentes. “Mas mãe, até o tio Jorge ganha!”, a mãe olha sorrindo para filha, revira os olhos “mas seu tio é retardado, assim como a mãe dele!” um tanto confusa, a filha olha seriamente para a mãe “mas mãe, o tio Jorge é seu irmão, portanto, a mãe dele...” interrompe a mãe “cala a boca, vai tomar um banho agora!”.

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