quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

~Tem alguns que não aprendem mesmo.

Uma flor laranja nasceu entre duas pedras enormes. Duas pedras que viviam discutindo e realmente, se odiavam. A flor, indignada por ver aqueles pedaços de rocha firmes balbuciando palavrões e xingamentos, percebe que ela, tão frágil, nada pode fazer. Apenas tem a obrigação de suportar todos os dias aquelas pedras irritantes. Até que um dia, nasce outra flor ao seu lado, esta, azul. A Azul diz ser mais bonita e mais cheirosa que a Laranja. A Laranja discorda, e ambas começam a discutir. As duas pedras conversam sobre o quão irritante são aquelas flores, sobre o quão irritante é ouví-las discutir diariamente. De repende faz-se silêncio. A pedra olha para a outra, que olha para as flores, que se olham, que olham para as pedras. Todos se encaram seriamente. Eis que surge um pássaro verde, que fica parado observando aquela cena. Inesperadamente, ele diz "É agora, caras amigas, que nós usamos a palavra 'desculpe' ". O pássaro sorri e rapidamente, uma das pedras vira seu próprio peso para a frente e esmaga o passarinho. Esta retorna a seu lugar e então, todos voltam a discutir.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

~Todos eles?

Meus amigos tem andado estranhos ultimamente. Eu não sei o que está havendo nesse mundo, que está transformando as pessoas assim tão inexplicavelmente. Nem sei ao certo com explicar a você, caro leitor, mas creio que eu precise de ajuda para descobrir o que aconteceu. Tenho ouvido muito a frase "eu sei que isso é muito gay, mas eu gosto" ou "gosto de coisas gays, mas não sou gay" ou "essa música é gay, mas eu gosto". Eu não entendo mais nada, afinal, o mundo está criando uma geração de garotos aflorados, ou alguém com um plano ultra diabólico e do mal anda colocando alguma dorga nas refeições, bebidas ou seja lá o que for, de todos eles? Eu tenho a seguinte teoria:
"Uma garota extremamente mimada, após levar o pior fora de sua curta e fútil vida, resolve vingar-se, extinguindo todos os garotos da terra. Para isso, abusa da ajuda de seus comparsas coloridos, que são totalmente a favor da ideia maluca da garota. Utilizando as mais diversas maneiras de dissipar o mal, aos poucos a garota doida consegue colocar o plano em funcionamento. E quando as pessoas menos esperarem, arco íris de um milhão de cores estarão brotando em todos os lugares."
Mas claro que SOMENTE EU acredito nessa teoria.

PS: Eu não estou me referindo à gays, não tenho preconceitos. Estou me referindo aos garotos que andam "se aflorando". Obrigada ;D

Garota maluca.

Assista até o final.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

~Mosquitos.

Além de servir de alimento para lagartixas, sapos, aranhas ou sei lá o que, para que servem esses seres vindos do inferno? Ok, talvez você discorde da minha teoria de que eles venham de lá, mas já parou para pensar? Eles transmitem doenças, ficam te picando, sugam seu sangue, fazem um som irritante, causam alergias em alguns, enfim, para que eles servem? Além disso, você tem que gastar com inseticidas ou sei lá o que. Então, decidi que darei uma utilidade à eles.
Farei uma cúpula gigante de vidro, capturarei o maior número de mosquitos que eu conseguir, prenderei eles dentro da cúpula, colocarei água dentro na parte de baixo, para que eles possam se reproduzir em massa, depois modificarei eles genéticamente em meu laboratório ultra secreto, aprenderei a tocar flauta, de forma que eu consiga dominá-los e enfim, usarei eles para dominar o mundo. Ótimo plano.
Assim poderei ser feliz por ser a única pessoa no mundo a ter um exército de mosquitos mutantes só meus.

Top to-top to-top top na balada ♪

Se quer ter pesadelos, ou mesmo ficar com uma musiquinha extremamente irritante na cabeça, vá em frente, assista. HAUSHIUAHSIUAHS

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

~Engano.

Ela havia percebido que ele a olhava todo o tempo, pois ela também o olhava. Sentado no mesmo balcão do bar que ela, mas um pouco distante, ele a ficava admirando. Ela sorria timidamente, desviava o olhar, olhava de novo, dava um sorriso torto. Notando que ele não tomava iniciativa, ela levanta e vai sentar ao lado dele, que diz "Bem, você viu que eu estava te olhando", ela ri baixinho, olhando para as mãos e concorda com a cabeça timidamente, enquanto ele continua "É que meniiiina, eu ameeeeei o seu vestido florido!", soltando um gritinho fino.
Ela levanta, dá as costas e sai de cara amarrada, decidindo nunca mais tomar iniciativa.

sábado, 4 de dezembro de 2010

~Os três coelhos brancos - Parte 3.

Os três coelhos abriram a porta com olhar desconfiado e andando sobre apenas duas patas. O coelho maior e mais gordo tinha um olhar 43 do mal e me encarava seriamente. Naquele momento eu pude ouvir uma criança falando algo, não dava pra saber o que exatamente, contudo não percebi medo em sua voz fina. Foi uma cena estranha e engraçada, eu sempre vejo humor onde não há. Os três coelhos estavam parados de frente para mim, me olhando nos olhos. Ouço um deles falar para o outro "Ela saiu da sala. Ela viu". Continuei a assobiar, tentando disfarçar o medo em meus olhos, porém isso era difícil. De repente os coelhos formam um círculo e começam a cochichar, eu não ouço nada. O coelho mais magro sai da sala e só ficam o coelho de tapa-olho e o gorducho, que sentam-se à mesa junto a mim. "Nós sabemos que você sabe do nosso segredo." "Como assim, eu não sei de nada, eu juro, eu não sei!", mas eles sabiam que eu sabia, mesmo que eu não soubesse que eu sabia o que eles pensavam que eu sabia. Nesse momento, volta o coelho magricela, acompanhado de um menino gordinho, todo babado e sorrindo debilmente com os dentes cheios de chocolate. O coelho de tapa-olho indaga com sua voz rouca "Mande ele falar" e o coelho magricela cutuca a barriga do menino que diz "Eu amo chocolate, eu gosto mais da Páscoa, eu não gosto de Natal, eu odeio o Papai Noel e vou matá-lo". O coelho do tapa-olho dá um meio sorriso e manda o magrelo levar o menino. "Pronto, viu só" e voltou a sorrir. Não entendi nada. Mas perguntei um tanto espantada "Como assim, vocês não matam as crianças?" "Claro que não, menina tola, só escravizamos elas e as fazemos odiar aquele velho gorducho de vermelho". Suspirei aliviada, pedi para sair, mas antes eles me convidaram para tomar mais uma última xícara de chá, enquanto discutíamos a popularidade do Noel relacionada com a política na Europa no século XIX.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

~Os três coelhos brancos - Parte 2.

Sentada sozinha naquela mesa de chá, resolvi investigar a toca dos coelhos mais detalhadamente. Levantei e olhei em volta, eu estava numa sala completamente branca, das paredes ao chão, exceto por uma gravura na parede, a qual não consegui identificar de longe. Me aproximei e li as palavras "Mãe, eu não acredito mais nos coelhos" escritas em giz de cera laranja. Parecia a letra de uma criança, e deveria ser. Contudo, eu não entendi o significado das palavras. Li e reli, e acabei desistindo, fui explorar o restante da toca. Achei a porta para sair da sala, a qual só se podia ver a maçaneta lilás. O outro lado da porta era extremamente diferente do de dentro. Eu realmente me apavorei e comecei a suspeitar dos coelhos naquele exato momento. A porta era horrível, que coelhos de péssimo gosto. Quem é que pinta a porta de rosa-choque e a cobre de coraçõeszinhos amarelos? Ainda com aquela plaquinha ridícula "Sala das reuniões carinhosas" e uma lista dos próximos assuntos a serem debatidos: "O Papai Noel é melhor do que nós?", "Planos para vencer o Noel", "Como lidar com a popularidade do bom velhinho", "Coelho x Noel, 3ª Guerra Mundial?" e "Roupas vermelhas fazem maior sucesso?". Minha indignação foi interrompida pelo som da porta da frente se abrindo, e sem pensar voltei correndo e me sentei novamente na mesa, assobiando para disfarçar.

Fato.

MORRE DEABO [2]

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

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